Burusera

Burusera (Burusera (ブルセラ, Burusera?) é uma palavra japonesa, criada a partir da combinação das palavras burumā (ブルマー, burumā?), de bloomers (uniformes usados em aulas de educação física) e sērā-fuku (セーラー服, sērā-fuku?), que significa o uniforme de marinheiro, que é o tradicional uniforme escolar para meninas no Japão.

Histórico

Em 1993 (e mesmo antes) iniciou-se um fenômeno onde estudantes japonesas passaram a vender partes de seu uniforme escolar (sērā-fuku) e roupas íntimas esportivas usadas para lojas especializadas,[1] apenas para obter lucro.[2] Esses estabelecimentos semi-legais escondidos em porões de prédios reúnem um público masculino interessado em comprar tais peças para satisfação de fetiche sexual.[3]

O sociólogo japonês Shinji Miyadai foi apelidado deburusera gakusha (o especialista em bususera) após expor uma pesquisa acadêmica sobre as lojas de fetichistas por uniformes escolares.[4]

Restrições legais

Em agosto de 1994, um gerente de loja burusera que fez uma colegial vender sua calcinha usada foi preso pelo Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio, sob a suspeita de violação do artigo 34 da Lei de Bem-Estar Infantil e artigo 175 do Código Penal do Japão. A polícia alegou violações daAto sobre o comércio de itens de segunda-mão que proíbe a compra de bens de segunda mão sem autorização.[5]

As leis contra a pornografia infantil impôs controle legal sobre a indústria burusera em 1999.[6] No entanto, os itens burusera em si não são pornografia infantil e que a venda de burusera são uma maneira fácil para estudantes ter renda extra. Isso tem sido visto como abuso sexual infantil.[7]

As prefeituras no Japão começaram a fazer cumprir os regulamentos, em 2004, que restringe a compra e a vendas de roupas íntimas usadas, saliva, urina e fezes de pessoas menores de 18 anos.[8]

Referências

  1. Yumiko Iida. Rethinking Identity in Modern Japan: Nationalism as Aesthetics. Routledge; ISBN 978-1-134-56465-1. p. 196.
  2. Yoshiro Mizuguchi, Teenage Sex and Buru-sera Shops,
  3. Declan Hayes. The Japanese Disease: Sex and Sleaze in Modern Japan. iUniverse; ISBN 978-0-595-81422-0. p. 99.
  4. Roger Goodman; Yuki Imoto; Tuukka Hannu Ilmari Toivonen. A Sociology of Japanese Youth: From returnees to NEETs. Routledge; ISBN 978-1-136-62427-8. p. 99.
  5. 警察白書 (Police White Paper), 1994. (em japonês))
  6. 児童買春,児童ポルノに係る行為等の処罰及び児童の保護等に関する法律 (Lei sobre a punição de actividades relacionadas a Prostituição Infantil e Pornografia Infantil e Protecção de Crianças) (em japonês)
  7. [http://www.uncjin.org/Documents/9rep2e.pdf Report of the Ninth United Nations Congress on the Prevention of Crime and the Treatment of Offenders],Cairo, 29 de abril -8 de maio de 1995 (A/CONF.169/16/Rev.1), cap. I (em inglês)
  8. 東京都青少年の健全な育成に関する条例 (Tokyo Metropolitan Ordinance on Juvenile Protection) Articles 15, 15-2 and 15-3. (em japonês)