Notothyladaceae
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![]() Phaeoceros laevis. | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Géneros | |||||||||||||||||
Notothyladaceae é uma família de plantas não vasculares pertencente à divisão Anthocerotophyta. São representadas por indivíduos colonizadores, com grande distribuição, especialmente nos trópicos. Vivem em solos compactos e úmidos, entre substratos rochosos, também úmidos, microhabitats expostos ou parcialmente sombreados.
Diversidade Taxonômica e Relações Filogenéticas
As plantas verdes, do Reino Chlorobionta (Viridiplantae), compreendem as Chlorophytas (Algas verdes), um grupo atualmente considerado parafilético e as Streptophytas.
As briófitas – que engloba as hepáticas, musgos e antóceros – também possuem semelhança com as plantas vasculares. Elas e as plantas vasculares compartilham diversos caracteres, podendo destacar dentre eles: a presença de gametângios masculinos e femininos (respectivamente, anterídios e arquegônios), recobertos por uma camada protetora, a presença de uma cutícula, a retenção do embrião em desenvolvimento e do zigoto no arquegônios (gametófito feminino), a presença de um esporófito multicelular 2N (resultando em um aumento no número de meioses e também no número de esporos produzidos após cada evento de fertilização) e produção de tecidos por meio de um meristema apical.
Nas plantas terrestres, as células formadas por esse meristema apical formam o parênquima. As algas verdes, por sua vez, não possuem essas características compartilhadas entre briófitas e plantas vasculares.
Morfologia:
Esses organismos são representados por plantas de pequeno porte e que não apresentam sistemas clássicos de condução, como xilema e floema. São organismos talosos, com simetria dorsiventral e possuem de um a oito cloroplastos contendo um pirenóide.
Nessa família, o indivíduo persistente, ou seja, com a fase de vida mais longa é o gametófito, sendo a fase de vida esporofítica temporária e reduzida. A morfologia da fase gametofítica é talosa ou folhosa, na qual o corpo das plantas não é dividido em estruturas especializadas. A fase de vida esporofítica não possui vida livre, sendo ligada ao gametófito. Os esporos contém superfícies ornamentadas ou lisas, variando entre verdes, amarelas ou marrons, e podem ou não apresentar pseudoelatérios. Os pseudoelatérios são responsáveis pela dispersão dos esporos.
No gênero, os talos com simetria dorsiventral apresentam crescimento em rosetas e algumas vezes a dicotomia está presente. O esporângio apresenta uma base bulbosa, com crescimento definido e limitado e seu tamanho varia entre 2 a 4 mm.
Gêneros
A família Notothyladaceae inclui os seguintes géneros:
- Hattorioceros;
- Mesoceros;
- Notothylas;
- Paraphymatoceros;
- Phaeoceros;
Lista de espécies brasileiras:
- Notothylas breutelii (Gottsche) Gottsche;
- Notothylas granulata L.A.Amélio & D.F.Peralta;
- Notothylas javanica (Sande Lac.) Gottsche;
- Notothylas orbicularis (Schwein.) Sull.;
- Notothylas vermiculata L.A.Amélio & D.F.Peralta
- Phaeoceros bulbiculosus (Broth.) Prosk.
- Phaeoceros carolinianus (Michx.) Prosk.
- Phaeoceros laevis (L.) Prosk.
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Portal da botânica
Referências
CNCFlora. Notothylas breutelii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em<http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Notothylasbreutelii>. Acesso em 29 março 2022.
Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=%5B2%5D&idsFilhosFungos=%B1%2C10%2C11%5D&lingua=&grupo=9&familia=97163&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&or>. Acesso em: 29 mar. 2022
HASTON, E., RICHARDSON, J.E., STEVENS, P.F., CHASE, M.W. and HARRIS, D.J. (2009), The Linear Angiosperm Phylogeny Group (LAPG) III: a linear sequence of the families in APG III. Botanical Journal of the Linnean Society, 161: 128-131. https://doi.org/10.1111/j.1095-8339.2009.01000.x Acesso em 29 de março de 2022.